Mãos dadas

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Nossa, o que é que houve! Faz quase 2 meses que ela não aparecia por aqui com uma de suas amigas para discutirem sobre algum assunto daqueles, rs. Eu já estava com muitas saudades na verdade, e dessa vez tem um monte delas, adoro …

Xiii, para variar falando sobre relacionamento, homens, o que pode e não pode no primeiro encontro depois da ficada na balada. Cada uma tem uma opinião diferente, umas acham que já pode cumprimentar com beijo na boca desde a hora que o menino para o carro em frente a casa dela para buscá-la. A outra acha que tem rolar uma segunda conquista, que é como se começasse novamente do zero, e assim será todas as vezes em que eles saírem, para um dia, aí sim, namorados, poderem dar o primeiro cumprimento direto com um beijo “caliente” no meio da boca.

E aí tem as mais desapegadas, que se assustam com o tema da discussão e falam: “Sair duas vezes com o mesmo cara, para que?” Para tudo na vida tem uma explicação, né?

To vendo que hoje, por ter muita gente, as opiniões serão bem controversas, aí eu me animo mais!

Há as que digam que, se você ficou de “quatro” pelo cara ou por que ele era muito gato ou por que a química foi demais [to usando as palavras delas], o que deve ser feito é ser bem desencanada. Quanto mais você quer, mais você deve mostrar que não quer. Afinal, para conquistar quem te conquistou, a única arma é se mostrar difícil, inalcançável, desinteressada. Tipo assim: só aceitei sair com você por que não tinha nada mais interessante para fazer nesse domingo frio e tedioso.

Gozado, em outras situações já ouvi elas dizerem que esse papo de mulher ter que bancar a difícil é assunto para machistas do século passado discutirem, mas, por outro lado, sempre quando uma pede conselho para outra sobre como conquistar um cara que está a fim, a outra fala coisa do tipo: Demore para responder as mensagens dele, entre no WhatsApp só para ele ver que você ficou online e mesmo assim não respondeu. Se sair com eles e suas amigas, dê mais atenção a elas do que para ele, para ele sentir que a sua vida de antes de conhecê-lo é mais importante do que tudo nesse mundo.

Ok, primeiros tópicos discutidos, a próxima parte é, e depois que você vê ele pela primeira vez na luz clara de um restaurante, shopping, parque, ou até mesmo sob a luz da lua? Não há mais aquele clima de curtição da balada do outro dia, não tem mais aquele monte de gente dançando e curtindo ao lado de vocês. Agora são só você e ele. Só você e o que você pensava que ele fosse! Como reagir na vida real, sem umas cervejinhas na cabeça, como lhe dar com um cara que está ali com você, com certeza louco para, no mínimo, beijar sua boca outra vez, te abraçar?

Elas ilustram a situação dizendo que é o mesmo que acontece com um gado, quando está indo para o abate: já se sabe qual será o final da história. Que tudo acabará, no mínimo, em BEIJO! Bom, o esperado é que você queira que seja assim, afinal, se aceitou o convite, é por que estava querendo viver esses momentos outra vez.

Nossa, o pior é que elas dizem que, em alguns casos, o papo de que não tinha nada para fazer nesse domingo frio e tedioso é verdade, e aí, na hora que elas reencontram com a iluminação de uma lâmpada o tal galã as avessas, a vontade é de sair correndo dali, mas #comofas? Fica, senta, dá uma corridinha do banheiro, e chora! Por que provavelmente você foi de carona com o cara e nesse dia tão monótono, a última coisa que você quer é pegar um ônibus lotado ou gastar mais um pouco do seu rico dinheirinho, indo embora de táxi, depois de um encontro frustrado.

Ok, a escapadinha para o banheiro para esconder a decepção ou a emoção já foi, agora o próximo passo: caminharemos juntos, lado a lado, rumo ao destino do passeio. E é aí que eu escuto a parte mais interessante dessa conversa. Dar ou não dar as mãos?

Parece que uma delas não é muito a favor, por que, pasmem, é uma demonstração de grande intimidade! Vem a tona até uma comparação, dizendo que há algumas norte-americanas que ela conheceu que faziam de tudo com os homens, saiam, iam para os finalmente, dançavam frenéticamente deixando os bailes Funks no Rio no chinelo, mas elas não beijavam na boca!! Por que? Por que para elas, beijar na boca é algo extremamente íntimo, para gente não!

E, seguindo essa linha de raciocínio, ela defende sua opinião dizendo que não há nada mais íntimo do que andar de mãos dadas. Assumir para o mundo que aquela pessoa está realmente formando um casal com você, deixar que aquela pessoa tenha a grande honra de exibir para quem olhar que você é a sua cia do momento. Dar as mãos é uma demostração de afeto, de cuidado, de querer estar perto. E mais, trocar energias, andar num sincronismo de movimentos dividindo quase o mesmo espaço, tendo que, pela primeira vez, mesmo que nada tenha sido dito, entrarem num estado de comunhão, concordância de para onde os passos devem seguir, sentir o calor do corpo do outro de verdade, se suas mãos estão frias ou quentes, trêmulas ou em paz.

Se existem calos ali por um esportista descuidado que acha que usar uma luva não faz parte das suas preocupações diárias, provável machão, ou apenas alguém desligado que não pensou sobre isso, ou marcas de um trabalhador manual. Ou se ali tem uma mão de cetim, de um cara metrosexual ou talvez apenas que goste de se cuidar, ou ainda que tenha tido a sorte por ter puxado as mãos macias da família da sua mãe ou que nunca tenha tido a necessidade de pegar no batente! Agora, se elas estiverem suadas, mesmo no frio do dia entendiante e com baixas temperaturas, talvez mostre que ele estava ansioso para te encontrar novamente, e ficar juntinho de você. Aí talvez ele mereça um beijo, daqueles, ali mesmo, em qualquer lugar onde vocês estejam.

Há quem diga que sexo é o ato mais íntimo que pode haver entre duas pessoas. E a maioria diz isso. Hoje, pela primeira vez, o que eu ouvi e até me fez pensar e no final, concordar, é que não há nada mais próximo, revelador e envolvente do que andar de mãos dadas.

Ai, essas mulheres!

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